'Eu não sou ditador do Brasil', diz Bolsonaro a apoiadores
Irritado ao ser cobrado pela situação política e econômica do Rio, presidente mandou apoiador falar com políticos locais
Ao responder a um dos apoiadores, que pediu "atenção" ao Rio de Janeiro, o presidente afirmou que a população deve cobrar os representantes locais. "O que é atenção? Tem um governador e prefeito lá. O que é atenção? Porque eu não quero sair daqui te enganando. O que é atenção? Qual problemática? Política? Lá o povo elegeu 70 deputados estaduais e 51 vereadores. Estados e municípios têm outras pessoas para tomar conta", disse, demonstrando irritação.
"O pessoal fica reclamando... Quem fechou o comércio não foi eu. Quem te obrigou a ficar em casa não foi eu. Eu faço a minha parte. É impressionante: o pessoal em vez de dar força para mim, criticam. Eu não sou ditador do Brasil", completou o chefe do Executivo.
Na sequência, o presidente voltou a criticar o STF (Supremo Tribunal Federal), o qual decidiu que os governos regionais têm liberdade para adotar medidas de combate à pandemia da covid-19, no exercício de suas atribuições e no âmbito de seus territórios. "Quem deu poderes para estados e municípios fazerem o que estão fazendo, inclusive ignorando a Constituição?", criticou.
Vale ressaltar que a determinação da corte não retira atribuições do governo federal. Conforme entendimento do STF, as medidas locais de contenção não inviabilizam a competência geral da União para estabelecer medidas restritivas em todo o território nacional, caso entenda necessário.
Durante a conversa, um dos apoiadores começou a chorar, dizendo que a situação do País vai melhorar. "Vai sim. Eu peguei uma casa completamente desarrumada. Pessoal quer que eu arrume tudo na mesma hora. Estou arrumando", afirmou Bolsonaro.
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