O INFERNO POR TRÁS DAS UNIVERSIDADES
Por Silvio Teixeira
Redação Jornal Povo Brasileiro
O empresário Adenor Gonçalves, em 2012, viu a possibilidade de um sonho antigo ser realizado e de forma ainda mais benemérita. A Universidade Gama Filho e o Centro Universitário da Cidade do Rio de Janeiro mais conhecido como “UniverCidade” , ambas pertencentes ao Grupo Galileo Educacional S/A, que passavam por uma crise severa. Vendo que duas grandes instituições de ensino superior que formaram gerações de profissionais ao longo de sete décadas tinham possibilidade de serem recuperadas, aceitou o desafio.
No entanto, mesmo sendo empresario, após auditar as empresas foi surpreendido com o que estava acontecendo no Grupo Galileo. Na realidade a antiga administração da empresa- em administração compartilhada com os ex-donos das duas universidades- não estavam operando para salvar as universidades, mas sim em proveito próprios.
Aproveitando que o Governo brasileiro estava envolvido em um lamaçal de corrupção, eles se juntaram a grupos políticos e levantaram no mercado financeiro R$ 100 milhões de investimento dos Fundos de Pensão da Petrobrás e dos Correios que sumiram na calada da madrugada como mágica, valor este que deveria ter sido usado para pagar as dívidas das universidades. Tal quantia se fosse aplicada nas duas instituições acadêmicas, hoje elas estariam vivas no Brasil. Fatos que ocorreram antes de Adenor comprar o grupo Galileo. Logo que o empresário descobriu as falcatruas fez a denúncia.
Na Alerj foi instaurada uma Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI para as Universidades Privadas. As manipulações políticas que não queriam deixar seus desvios virem à tona contaram com o apoio de alguns deputados- que não se sabe quais seus “interesses”- começaram a tentar colocar a culpa em Adenor Gonçalves. Uma guerra de informações falsas, discursos infundados, a fim de proteger os verdadeiros culpados e outros fatos distorcidos começaram a circular nas mídias sociais.
Era um desafio de complexa superação, mas o Dr. Adenor nunca fugiu aos desafios. Assumiu a Galileo e começou a negociar uma solução para a crise, enquanto o Ministério Público Federal investigava o destino de uma quantia milionária e dos verdadeiros criminosos. Porém, a sucessão de surpresas não havia terminado. Se antes da sua gestão se via, não só fraudes e desvios, o Ministério da Educação (à época) de forma autoritária e ilógica, retirou o credenciamento dos cursos das duas Universidades. Quando se procurava um caminho para a recuperação das empresas, e a negociação com os credores em plena evolução, de uma forma deliberada, o MEC, na calada da madrugada do ano 2014, praticou um dos atos mais absurdos nunca antes visto no Brasil: O DESCREDENCIAMENTO das duas universidades. Eles retiraram a única moeda de troca de uma universidade para sair da crise, os seus cursos.
Como uma escola pode se reabilitar se não tem cursos para seus alunos? Uma incoerência que não tem explicação. A banca rota da Gama Filho e da UniverCidade levou muitas famílias ao desespero. Adenor levou tudo e todos para a Justiça em busca de solução e da verdade. Hoje o Grupo Galileo e as duas Universidades estão na Justiça na 7ª Vara Empresarial para apurar o patrimônio bilionário, a fim de pagar a todos os professores, funcionários e demais credores, enquanto a Justiça Federal- que já colocou na cadeia alguns dos culpados- continua em busca da verdade.
 
 
 
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